Liga dos Campeões de Hóquei em patins: Remodelado Rosa Mota recebe prova 24 anos depois

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Liga dos Campeões de Hóquei em patins: Remodelado Rosa Mota recebe prova 24 anos depois

Liga dos Campeões de Hóquei em Patins decide-se na cidade do Porto
Liga dos Campeões de Hóquei em Patins decide-se na cidade do PortoWSE
O Pavilhão Rosa Mota, no Porto, é o palco da 100% portuguesa final a quatro da Liga dos Campeões de hóquei em patins, no sábado e no domingo, que o remodelado recinto volta a acolher 24 anos depois.

As meias-finais, a disputar no sábado, vão colocar frente a frente o campeão em título FC Porto ao Sporting, pelas 12:00, e o Óquei de Barcelos à Oliveirense, às 16:30, com a certeza que, na final de domingo (15:00), o troféu ficará em casa.

Recinto portuense de excelência do hóquei em patins, e não só, o antigo Pavilhão dos Desportos do Porto, situado nos jardins do Palácio de Cristal, viveu na sua história jornadas de glória para a modalidade, mas também de vergonha.

Denominado de Pavilhão Rosa Mota desde 1991 e, mais recentemente, Super Bock Arena, foi inaugurado em 1952 para acolher o Campeonato do Mundo (até 1956 também considerado Campeonato da Europa), ainda com a sua característica abóbada incompleta.

O recinto recebeu os Mundiais de 1952, 1956, 1958, 1968 e 1991, todos conquistados por Portugal, pelo que passou a ser considerado de pavilhão talismã para o hóquei em patins.

Em 2000, recebeu a final a quatro da Liga dos Campeões, no quarto ano do novo formato da prova, que sucedera à Taça dos Campeões Europeus, que acabou por constituir uma mancha no então imaculado currículo do recinto.

Nas meias-finais, o FC Porto eliminou o Benfica (4-1) e o FC Barcelona afastou os italianos do Novara (4-1), marcando encontro na final, que terminou com a vitória dos espanhóis no prolongamento (3-2) e a conquista do 13.º título.

Após o termo do encontro, que teve alguns momentos quentes nos minutos finais, os festejos dos espanhóis foram interrompidos por uma invasão da pista e tentativas de agressões, apesar da intervenção dos jogadores do FC Porto.

Face aos desacatos no recinto de jogo e ao arremesso de objetos das bancadas, a equipa do FC Barcelona e staff técnico do clube espanhol foi obrigada a recolher aos balneários e o troféu acabaria por não ser entregue em público.

Com alguma frustração, o FC Porto falhou em casa a conquista de um título que escapava desde 1989/90, quando ergueu o segundo troféu frente ao Noia (Espanha), naquela que seria a terceira final perdida nas últimas quatro edições.

Os dragões voltaram a receber a final a quatro da prova mais duas vezes, desta vez no seu pavilhão, tendo perdido o troféu para o Benfica (6-5, no prolongamento), em 2012/13, e FC Barcelona (4-2), em 2017/18. A maldição foi quebrada com a conquista do título no ano passado, em Viana do Castelo.

O pavilhão portuense, projetado pelo arquiteto José Carlos Loureiro, no mesmo local do entretanto demolido Palácio de Cristal, inspirado no londrino Crystal Palace, é um recinto polivalente, que recebe atividades recreativas, culturais, desportivas, musicais, teatro, circo, congressos e exposições.

Alvo de algumas reabilitações, as mais significativas em 1990, tendo reaberto em 1991 para o Mundial de hóquei em patins e, mais recentemente, de 2017 a 2019, o Pavilhão Rosa Mota modernizou-se e apresenta uma capacidade de 5.500 lugares sentados (8.000 com as bancadas retráteis).

O recinto, que acolheu, entre outros, o ex-líder soviético Mikhail Gorbatchov, Dalai Lama, Bryan Adams, Simply Red e os Harlem Globetrotters, foi ainda palco de destacadas provas de outras modalidades, como futsal, basquetebol, voleibol, andebol, boxe, judo, ginástica, patinagem, esgrima, ténis e ténis de mesa.