As meias-finais, a disputar no sábado, vão colocar frente a frente o campeão em título FC Porto ao Sporting, pelas 12:00, e o Óquei de Barcelos à Oliveirense, às 16:30, com a certeza que, na final de domingo (15:00), o troféu ficará em casa.
Recinto portuense de excelência do hóquei em patins, e não só, o antigo Pavilhão dos Desportos do Porto, situado nos jardins do Palácio de Cristal, viveu na sua história jornadas de glória para a modalidade, mas também de vergonha.
Denominado de Pavilhão Rosa Mota desde 1991 e, mais recentemente, Super Bock Arena, foi inaugurado em 1952 para acolher o Campeonato do Mundo (até 1956 também considerado Campeonato da Europa), ainda com a sua característica abóbada incompleta.
O recinto recebeu os Mundiais de 1952, 1956, 1958, 1968 e 1991, todos conquistados por Portugal, pelo que passou a ser considerado de pavilhão talismã para o hóquei em patins.
Em 2000, recebeu a final a quatro da Liga dos Campeões, no quarto ano do novo formato da prova, que sucedera à Taça dos Campeões Europeus, que acabou por constituir uma mancha no então imaculado currículo do recinto.
Nas meias-finais, o FC Porto eliminou o Benfica (4-1) e o FC Barcelona afastou os italianos do Novara (4-1), marcando encontro na final, que terminou com a vitória dos espanhóis no prolongamento (3-2) e a conquista do 13.º título.
Após o termo do encontro, que teve alguns momentos quentes nos minutos finais, os festejos dos espanhóis foram interrompidos por uma invasão da pista e tentativas de agressões, apesar da intervenção dos jogadores do FC Porto.
Face aos desacatos no recinto de jogo e ao arremesso de objetos das bancadas, a equipa do FC Barcelona e staff técnico do clube espanhol foi obrigada a recolher aos balneários e o troféu acabaria por não ser entregue em público.
Com alguma frustração, o FC Porto falhou em casa a conquista de um título que escapava desde 1989/90, quando ergueu o segundo troféu frente ao Noia (Espanha), naquela que seria a terceira final perdida nas últimas quatro edições.
Os dragões voltaram a receber a final a quatro da prova mais duas vezes, desta vez no seu pavilhão, tendo perdido o troféu para o Benfica (6-5, no prolongamento), em 2012/13, e FC Barcelona (4-2), em 2017/18. A maldição foi quebrada com a conquista do título no ano passado, em Viana do Castelo.
O pavilhão portuense, projetado pelo arquiteto José Carlos Loureiro, no mesmo local do entretanto demolido Palácio de Cristal, inspirado no londrino Crystal Palace, é um recinto polivalente, que recebe atividades recreativas, culturais, desportivas, musicais, teatro, circo, congressos e exposições.
Alvo de algumas reabilitações, as mais significativas em 1990, tendo reaberto em 1991 para o Mundial de hóquei em patins e, mais recentemente, de 2017 a 2019, o Pavilhão Rosa Mota modernizou-se e apresenta uma capacidade de 5.500 lugares sentados (8.000 com as bancadas retráteis).
O recinto, que acolheu, entre outros, o ex-líder soviético Mikhail Gorbatchov, Dalai Lama, Bryan Adams, Simply Red e os Harlem Globetrotters, foi ainda palco de destacadas provas de outras modalidades, como futsal, basquetebol, voleibol, andebol, boxe, judo, ginástica, patinagem, esgrima, ténis e ténis de mesa.