Jones conseguiu uma reviravolta notável na sessão da noite, recuperando cinco frames depois de estar a perder por 7-1 na primeira sessão da tarde. Wilson dominou a sessão de abertura da final, construindo uma vantagem de 7-1 sobre o qualifier galês Jak Jones.
Foi a primeira quebra de século num quadro de abertura de uma final do Crucible desde o lendário 136 de Stephen Hendry contra Jimmy White em 1993.
O inglês continuou a sua exibição magistral com quebras adicionais de 52, 66, 62, 90 e outra quebra de século - correndo para uma vantagem de 7-0 contra pouca resistência.
Isso deixou Jones, na sua primeira final do ranking, a ter mais do que uma tarefa difícil para voltar ao jogo. Apesar da pressão crescente, o galês mostrou vislumbres do seu talento com uma merecida quebra de 65 pontos no último quadro da sessão inicial.
Jones finalmente encontrou o seu toque na sessão da noite, compilando quatro impressionantes quebras de meio século. Wilson, apesar de não ter reproduzido o seu domínio inicial, mostrou a sua classe com pausas de 125, 60 e um crucial 122 no 17.º quadro, onde ambos os jogadores tinham uma oportunidade para a última preta.
O galês Jones disse à BBC, depois de recuperar cinco frames, que ainda sentia que tinha uma hipótese.
"É um milagre que eu ainda esteja no jogo, porque joguei muito mal. Ainda estou no jogo. Se tivesse dormido bem ontem à noite, acho que poderia ter feito alguma coisa hoje, poderia ter sido diferente. Agora é ormir bem, sair a voar amanhã e as coisas podem acontecer", disse Jones.
Wilson disse que esperava fazer melhor do que a sua última saída na final do Campeonato do Mundo - que perdeu para Ronnie O'Sullivan em 2020.
"Senti que Jak jogou muito bem esta noite. Não é tudo sobre o marcador, é sobre como o quadro foi ganho e obviamente havia muita tensão lá dentro. Estou orgulhoso da forma como me aguentei. Tinha na minha cabeça que queria chegar aos 11 pontos esta noite, depois de ter estado a sete (após a sessão da tarde). Objetivo alcançado", disse o número 12 do mundo à BBC.
"Consegui um bom resultado. Estou a adorar cada minuto. O ambiente é fantástico. Sinto-me muito abençoado e grato por ter podido viver esta experiência em frente a uma casa cheia, depois de me ter sido roubada essa oportunidade pela COVID-19", acrescentou.
A final à melhor de 35, cheia de tensão, termina esta segunda-feira às 19:00.