Segundo a emissora desportiva, Ryan Garcia testou positivo para a substância proibida Ostarine, que melhora o desempenho, no dia anterior ao combate de 20 de abril, em Nova Iorque, e na manhã do combate.
O repórter de boxe da ESPN, Mike Coppinger, acrescentou que Garcia também testou positivo para outra substância proibida, a 19-norandrosterona, embora esse resultado tenha sido descrito como "não confirmado".
Os pormenores dos resultados dos testes constam de uma carta obtida pela ESPN através da Associação Voluntária Anti-Doping (VADA), que supervisiona os testes de despistagem de drogas no boxe e nas artes marciais mistas.
Ostarine é um medicamento utilizado para prevenir a perda de músculo e melhorar a massa magra e é utilizado no tratamento de mulheres com cancro da mama.
Garcia, de 25 anos, conseguiu uma vitória surpreendente sobre Haney, depois de o ter derrubado três vezes durante o combate, a caminho de uma vitória por decisão maioritária.
O título de Haney não estava em jogo porque Garcia estava 3,2 libras acima do limite na pesagem.
Garcia, entretanto, negou ter cometido um erro num post com palavrões na quarta-feira, no X, antigo Twitter, descrevendo-o como "notícia falsa".
"Toda a gente sabe que eu não faço batota", disse Garcia.
"O que é que eu posso dizer? Por que é que eles não disseram isto antes do combate, se o encontraram antes? Porque é que me deixaram entrar no ringue como batoteiro e depois sair com uma vitória e publicar isto", acrescentou.
"São pessoas que estão a tentar atacar-me por qualquer razão... Nunca tomei um esteroide na minha vida, nem sequer sei onde arranjar esteróides no final do dia. Eu mal tomo suplementos", explicou.
Num post separado, Garcia pareceu sugerir que um suplemento de ervas contaminado era o culpado pelo resultado do teste.
"A culpa é minha, não devia ter tomado isto", escreveu Garcia por cima de uma fotografia de uma garrafa com a inscrição "Ashwagandha Root".