O Benfica defrontará os espanhóis do Palma, reeditando a meia-final da edição transata, que resultou na eliminação dos encarnados após um jogo emotivo, no qual o Benfica marcou um golo sobre o final que a equipa de arbitragem não validou, o que confirmou a derrota por 4-3. Bruno Coelho participou nessa partida e, um ano volvido, considera que a partida “faz parte da história” e pretende “escrever outra”.
“Acho que em certo ponto sim, traz uma motivação extra, mas a nossa motivação seremos sempre nós, o nosso trabalho e o que nós representamos, o ‘mundo Benfica’, a camisola que vestimos. Claro que vamos jogar contra o atual campeão europeu, não podemos esquecer-nos disso, foram muitas incidências nesse jogo, mas esse jogo faz parte da história e agora queremos escrever a nossa”, prometeu o experiente jogador, de 36 anos, na antevisão à partida.
Detentor de uma carreira recheada de títulos ao nível de clubes e de seleções, Bruno Coelho ainda procura a primeira Liga dos Campeões: “Seria magnífico, com certeza. Acho que qualquer atleta que estivesse na minha posição, sendo adepto do próprio clube, é gratificante levantar o troféu da Liga dos Campeões, mas acho o que o nosso principal objetivo e preocupação neste momento é o Palma”.
Bruno Coelho reconheceu ainda que não existe qualquer incentivo especial para defrontar o vizinho e rival Sporting na final, caso as duas equipas portuguesas sejam bem-sucedidas nas respetivas meias-finais, ambas perante equipas espanholas – o Benfica defronta o Palma, enquanto o Sporting mede forças com o Barcelona.
“Para nós, é indiferente, é igual, porque, se quisermos ser campeões da Europa, temos de ganhar a qualquer equipa. Mas foi como comecei por dizer, o nosso principal foco é o Palma”, insistiu.
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Tal como o seu pupilo, o treinador benfiquista confia nas possibilidades de a sua equipa em conquistar o cetro europeu, considerando que, numa competição de equilíbrio absoluto entre as quatro equipas participantes, será “a mais forte, rigorosa e disciplinada” a que irá prevalecer.
“Individualmente sinto um Palma mais forte, com jogadores mais capazes de criar desequilíbrios e capazes de criarem desequilíbrios na baliza adversária, e coletivamente sinto o Benfica mais forte face ao que senti no ano passado e espero que o produto final se traduza desta vez com a vitória do Benfica, a ser melhor e mais competente, porque acho e costumo dizer que a equipa mais forte, rigorosa e disciplinada é a que vai trazer o troféu”, vaticina.
Apesar de mostrar discordância relativamente ao facto de a final four, jogada entre quatro equipas ibéricas, se disputar na capital da Arménia, Erevan, a mais de 5.000 quilómetros de Lisboa, Mário Silva encara de forma positiva a perspetiva de igualdade de circunstâncias entre todas as equipas. “Este ano será em campo neutro, coisa que não aconteceu no ano passado, e, em campo neutro, são as mesmas condições para as quatro equipas”.
O Benfica defronta o Palma na sexta-feira, pelas 15:00 portuguesas, no jogo que vai abrir as meias-finais, seguindo-se, às 18:00, o Sporting-Barcelona.