Presidente do ACP apela à segurança no Rali Portugal: "Havendo um acidente, perdemos o rali"

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Presidente do ACP apela à segurança no Rali Portugal: "Havendo um acidente, perdemos o rali"

Rally de Portugal decorre entre 09 e 12 de maio
Rally de Portugal decorre entre 09 e 12 de maioRally de Portugal
A segurança e a ausência de acidentes envolvendo o público, perante um desporto perigoso, são fundamentais para manter o Rali de Portugal no Mundial de ralis, alertou esta terça-feira o presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP).

Intervindo, na Figueira da Foz, na sessão de assinatura de protocolos com a entidade regional de turismo e os seis municípios da região Centro que irão receber, nos seus territórios, dias 09 e 10 de maio, a edição 2024 da competição do Mundial (WRC), Carlos Barbosa considerou o rali muito perigoso e criticou os custos com o policiamento da GNR.

“O rali é muito perigoso e, portanto, (apelo) que as pessoas não deixem de cumprir as regras de segurança impostas pela caríssima GNR, que nos leva couro e cabelo, todos os anos, para manter a prova segura e, sobretudo, pelos marshalls (voluntários da organização) também, que ajudam a fazer este rali”, disse Carlos Barbosa.

À agência Lusa, o presidente do ACP orçou os custos com o policiamento da GNR em 605 mil euros, suportados pela organização da prova.

À margem da sessão, questionado pela Lusa sobre a importância da segurança na manutenção da etapa portuguesa no Mundial de Ralis, Carlos Barbosa notou que, hoje em dia, “é o próprio público que já faz a segurança ao próprio público, o que é muito importante”.

“As pessoas têm a noção exata de que, havendo um acidente, nós perdemos o rali. Neste momento, há seis países para entrarem no campeonato do mundo na Europa (o continente europeu congrega, atualmente, 10 dos 13 ralis do Mundial) e, portanto, não podemos permitir, de maneira nenhuma, que haja qualquer risco no Rali de Portugal e que (isso) possa levar a que percamos o rali, por causa de uma pessoa que não está consciente do perigo que é o rali”, argumentou.

De acordo com Carlos Barbosa, atualmente, com a conjugação dos classificativas de região Norte e Centro, Portugal “tem o rali ideal”.

“O rali, todos os anos, tem sido melhorado em termos de percurso, para dar mais espetacularidade e, sobretudo, para nós é muito importante arrumar o público. O público tem de ter fácil acesso ao rali e estar devidamente arrumado. E, cada vez mais, as Zonas Espetáculo (ZE, este ano existem 39) são feitas nessa perspetiva, que é a das pessoas poderem estar a ver o rali em segurança, com calma e terem fácil acessos para entrarem e saírem”, vincou o presidente do ACP.

Outro aspeto que congrega a atenção das entidades internacionais, desde logo da FIA (Federação Internacional do Automóvel) tem a ver com a sustentabilidade ambiental das provas do WRC e o Rali de Portugal, nesse particular, possui a pontuação máxima (três estrelas) em termos ambientais e assim pretende continuar.

“Este ano temos uma nova inspeção para manter as três estrelas da FIA e é uma das preocupações que temos. Se reparar, 24 horas depois do rali passar em algum troço, a zona de público não tem um papel no chão, está tudo rigorosamente limpo”, observou.

No capítulo desportivo, Carlos Barbosa não antecipou favoritos à vitória no Rali de Portugal.

Entre vários motivos de interesse, a prova portuguesa, que decorre entre 09 e 12 de maio, possui a maior lista de inscritos até ao momento e terá em competição sete anteriores vencedores.

O finlandês e bicampeão mundial Kalle Rovanpera, persegue em Portugal a terceira vitória consecutiva (pode igualar o feito do italiano Miki Biasion), enquanto o seu companheiro de equipa na Toyota, o francês Sebastien Ogier, caso vença, bate o recorde de cinco vitórias em Portugal que atualmente detém ex-aequo com Markku Alen. Por outro lado, Portugal pode assistir a um quinto vencedor diferente na temporada, depois das vitórias de Neuville, Lappi, Rovanpera e Ogier nos quatro primeiros ralis.

“O rali de Portugal é uma caixinha de surpresas, todos os anos, qualquer um deles pode ganhar e será bem recebido”, enfatizou Carlos Barbosa.